Os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne,
nem da vontade do homem,
mas sim de Deus.
João 1,
13
Reflexão
Discute-se muito hoje a Lei do Aborto. Discute-se quando a
vida se inicia e a partir de que data pode-se praticar o aborto. Trata-se o feto
como se de nada importasse, como se fosse um objeto que pudesse ser manipulado
e decretado a sua falência ou a sua morte. Será que podemos, de repente, negar
a alguém o direito de nascer?
Lembro-me um comentário que li no livro do Augusto Cury – O Colecionador
de Lágrimas. Diz ele, no desenrolar do relato, que Hitler, quando já comandava
a Alemanha, mesmo antes do holocausto judeu, não admitia que qualquer filho da
pátria, com defeitos físicos ou mentais, tivesse o direito de nascer. Era
decretado sumariamente o aborto pelo estado em nome da purificação da raça.
Será que não estamos fazendo o mesmo hoje no nosso País,
guardada as proporções? Decidindo quem deve e quem não deve nascer em nome de
um sacrifício por parte dos país e do Estado na manutenção de uma criança
deficiente? Que sacrifício?
Quando você é escolhido para ser pai ou mãe de uma criança,
por Deus, não se mede sacrifícios. Foi o que aconteceu com Maria. Quantos sacrifícios
ela teve que enfrentar e que já conhecia a realidade deles no momento da
Anunciação, verdadeiramente antes da Concepção.
O Estado, como provedor institucional dos direitos humanos,
e que deveria assumir toda a responsabilidade nestes casos, cuidando do recém nascido
e da criança, até que esta, ou ficasse boa ou viesse a óbito naturalmente.
O ser humano tem o dom da vida, que lhe é concedido por
Deus, desde o instante que este pronunciou o “Faça-se” relatado no Livro do Gênesis.
Faça-se e tudo foi criado e passou a existir vida e potencialmente qualquer ser
que venha a nascer sempre existiu com a força do Verbo.
Vamos todos refletir profundamente esta causa e ver, como
bem o diz João, “o Sim de Deus” é que nos torna reais e é o que traz
definitivamente e de forma atemporal o Dom da Vida.
Inspiração
Eu Te ouvi falar
Eu escutei o Teu sim
E parti!
Parti
Para chegar
Onde Tu
Planejaste
Naquele
Lar
Que
deveria me acolher
Sem
perguntar...
E chegando
Não
Fui
Reconhecido
Fui
Expulso
Fui
Assassinado
Pelas minhas formas
Que não são as deles
Pela minha mente
Que não é a deles
Pelo meu ser
Que não é o ter desejado
Vontade
incompreensível
Eu
fui um simples
Objeto
de prazer!
Alvaro de Oliveira
Fortaleza 23/10/2012
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